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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

[raizes]


novamente?
sim.  
não te aborrecem as mudanças?

não. 
enfadonha-me
prolongar-me
no-mesmo-espaço-no-mesmo-tempo

assim, nunca criarás raízes.

raízes?
não.
jamais seria uma árvore. 
a ser, seria água. 
de rio ou de mar alto. 
beira-mar, também não. as ondas vão e vêm. indecisas... 
eu seria água, sim. 
de rio ou de mar alto. 
sempre em corrente... 

e para onde, agora?

para umas águas furtadas, com vista para o tejo.


Tecnologia do Blogger.

... aqui estou ...

Minha foto
sob o céu oblíquo de uma água-furtada, questionando a imensidão do mundo...

... nas águas furtadas ...


...tingem-se as paredes com a doce nicotina e ausculta-se a noite. dos lados da serra, o vento sussurra num gemido partilhado e a garganta aperta. acabou-se o álcool. a música percorre o tempo. pudesse eu viajar com ela e escutarias meus pensamentos perversos a propósito do teu corpo. os invejosos clamam aos deuses, por a ninfa me sorrir. talvez um dia eu me desforre doce amada.


vinicius de moraes


... passando por aqui ...

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